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terça-feira, 2 de junho de 2009

Iniciamos o texto "Contextos de alfabetização na aula"de Ana Teberosky e Núria Ribera. 26/05/2009 e concluímos em 02/06/2009



HIPÓTESES DE ALFABETIZAÇÃO SEGUNDO EMILIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY.

Por acreditarem que a criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocínio lógico e que o processo evolutivo de aprender a ler e escrever passa por níveis de conceitualização que revelam as hipóteses a que chegou a criança, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky definiram , da Língua Escrita, cinco níveis:

• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
• Nível 2: Intermediário I;
• Nível 3: Hipótese Silábica;
• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
• Nível 5: Hipótese Alfabética.

A caracterização de cada nível não e determinante, podendo a criança estar em um nível ainda com características do nível anterior. Essas situações são mais freqüentes nos níveis Intermediários I e II, onde freqüentemente podemos nos deparar com contradições na conduta da criança e nos quais se percebe aa perda de estabilidade do nível anterior e a não estabilidade no nível seguinte, evidenciando o conflito cognitivo.

• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
A criança:
- não estabelece vinculo entre fala e escrita;
- demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;
- usa letras do próprio nome ou letras e números d\na mesma palavra;
- caracteriza uma palavra como letra inicial;
- tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;


• Nível 2: Intermediário I;
A criança:
- começa ater consciência de que existe alguma relação entre pronuncia e a escrita;
- começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras;
- conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.

• Nível 3: Hipótese Silábica;
A criança:
- já supõe que a escrita representa a fala;
- tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
- já supõe que a menor unidade de língua seja a sílaba;
- em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.

• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
A criança:
- inicia a superação da hipótese silábica;
- compreende que a escrita representa o som da fala;
- passa a fazer uma leitura termo a termo; (não global)
- consegue combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo.

• Nível 5: Hipótese alfabética.
A criança:
- compreende que a escrita tem função social;
- compreende o modo de construção do código da escrita;
- omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
- não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
- não e ortográfica e nem léxica.

A alfabetização não é mais vista como sendo o ensino de um sistema gráfico que equivale a sons. Um aspecto que tem que ser considerado nessa nova perspectiva e que a relação da escrita com a oralidade não é uma relação de dependência da primeira com a segunda, mas e antes uma relação de interdependência, isto e, ambos os sistemas de representação influenciam-se igualmente.

Temos então que a concepção que em geral se faz a respeito da aquisição da linguagem escrita, corresponde a um modelo linear e “positivo” de desenvolvimento, segundo o qual a criança aprende a usar e decodificar símbolos gráficos que representam os sons da fala, saindo de um ponto ‘x’ e chegando a um ponto ‘y’.

O dia a dia apresentado pelos alunos que ingressam nas séries iniciais, mostra-se preocupante, considerando que a cada momento, o educador encontra-se diante de alguns obstáculos, principalmente quando se refere à leitura e suas interpretações.Essa dificuldade embora comuns, se difunde em outras, como interpretação de textos, ditado, cópia e etc..., o que numa linguagem atual se reporta às técnicas de redação. Entende-se que cada aluno apresenta sua dificuldade, alguns tem bloqueios para escrever, expressar suas emoções, falar etc. Nesse contexto, o professor precisa estar atento a essas dificuldades, a fim de criar mecanismo para seu enfrentamento, reconhecendo que na fase inicial, a criança absorve o que lhe é repassado e incorpora valores que no decorrer da vida escolar, se contemporizam com outros, podendo gerar conflito ou dificuldades.

Autora:Maira Haydée Goellner
Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas. Cursando Especialização em Psicopedagogia Clinica e Institucional. Professora de Educação Infantil pela rede municipal de ensino.

2 comentários:

Lidiane Silva de Sant' anna on 21 de junho de 2009 às 12:32 disse...

Olá pessoal, fiz um comentário bastante denso deste texto e ainda não tive a oportunidade de transcrevê-lo para o blog, mas o farei brevemente. Só para esclarecer que o texto complementar postado ajuda na percepção da Idéia da autora Ana Teberosky ao trabalhar com Alfabetização, vale lembrar que tem sim um cunho costrutivista no seu ideal, uma vez que têm trabalhos realizados em parcerias com Emília Ferreiro, seguidoras do grande teórico, Vygostky. O seu ideal de processo de formação do sujeito se dá de forma constante, nas interações do sujeito com o outro e com o próprio meio. Pos isso os pensamentos Freirianos vem a complementar toda essa metodologia diferenciada de alfavetização. Se queremos que nossos alunos sejam ativos nesse processo, jamais poderemos aceitar uma educação bancária e muito menos um processo de alfabetização descontextualizado da vivência dessa criança, da sua prática social. É por isso e nisso que eu vejo os textos da disciplina se inter-relacionando e se complementando ao decorrer dos debates porque quando fizemos atividade em sala de aula que levantou a possibilidade de trabalharmos com embalagens nós estavamos já desenvolvendo uma prática de alfabetização coerente com o que estes teóricos propõem. Isso pra mim são tendências atuais do ensino de ligua portuguesa, é estudar as tendências teóricas e conseguir viabilizar isso na prática pedagógica, que sabemos que não é fácil de acordo com os impecílios que os prof°s encontram, que são inúmeros. Mas que temos saber conviver com eles e tentar minimizá-los diante de nossas crianças.
Bem, estarei como disse no início fazendo observações mais específicas sobre o texto.
Lidiane.

Prof. Ivan Amaro on 8 de julho de 2009 às 17:26 disse...

Lidiane, sua reflexão ficou bastante interessante. Sugiro, apenas, que este comentário feito aqui seja colocado no blog como uma postagem e que fique visível para todos... Quando li a síntese que você colocou, eu iria justamente comentar sobre o seu posicionamento... Além disso, é importante que busque pontos de contato com o texto lido. Focalize, ainda, os diversos contextos de alfabetização apontados por Ana Teberosky e Nuria Ribéra e sua importância no processo de aprendizagem da leitura e da escrita por parte das crianças.
Abs
Ivan

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